segunda-feira, 23 de maio de 2011

TENZIN GYATSO





TENZIN GYATSO, monge budista, doutor em filosofia budista, agraciado com mais de 50 títulos honoris causa, Prêmio Nobel da Paz, XIV Dalai Lama, há tempos deixou de ser apenas o líder espiritual e secular do povo tibetano. Hoje é uma das personalidades mais reconhecidas e admiradas do cenário mundial. Patrimônio vivo da humanidade.

Defensor incansável da não-violência, da tolerância, do diálogo e da preservação dos recursos naturais do planeta, percorre o mundo convidando-nos a refletir sobre a necessidade de uma convivência harmônica entre os povos, as culturas, as religiões e a própria natureza. Sua mensagem é simples e sem rodeios, dirigida ao coração dos fatos.Eis alguns exemplos:

"Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferenças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas. Entretanto, chegou o momento de pensarmos em um nível mais profundo, em nível humano, e a partir daí apreciar e respeitar essa mesma condição nos outros seres humanos. Devemos construir relacionamentos mais próximos, de confiança mútua, compreensão e ajuda. Todos queremos a felicidade e evitar o sofrimento. Todos temos o mesmo direito de ser felizes, e aí reside a nossa igualdade fundamental. Não é necessário seguir filosofias complicadas. Nosso próprio cérebro, nosso próprio coração é o nosso templo. A filosofia é a bondade."

"A humanidade é uma só e este pequeno planeta é nossa única casa. Se temos de proteger esta casa, cada um de nós precisa experienciar um sentimento vivo de altruísmo universal. Nosso planeta foi abençoado com vastos tesouros naturais. Se os usarmos adequadamente, todo ser humano poderá usufruir de uma vida rica e de bem-estar."

"O cultivo do amor e da compaixão é a verdadeira essência de todas as crenças. O importante é que em sua vida diária você pratique as coisas essenciais e, nesse nível, quase não existe diferença entre budismo, cristianismo, judaísmo, islamismo ou qualquer outra fé. Todas elas focalizam o desenvolvimento, o aperfeiçoamento dos seres humanos, o sentimento de fraternidade e de solidariedade. Nesse sentido, as diferenças entre as religiões não são de maneira alguma essenciais."

"Quando os seres humanos se desentendem, mostram que esqueceram suas semelhanças fundamentais para supervalorizar razões secundárias. Por razões secundárias um homem destrói outro homem e destrói o planeta que o abriga. As crises, a violência, as queixas sobre o declínio da moralidade que nos assolam, mostram que o enorme desenvolvimento externo — sem dúvida útil e necessário — não corresponde a um mesmo nível de desenvolvimento interno da humanidade. Esse cultivar-se internamente é que garantirá nosso direito à felicidade e até à sobrevivência. Porque, por mais mortíferas que sejam as armas produzidas pelo medo e pelo ódio, é necessária a mão de um homem para detonar o gatilho."

Tenzin Gyatso

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